Tenho na minha posse um portátil Toshiba, modelo Satellite A110-179. Foi comprado em 2006, na altura para a minha mãe para fazer algum trabalho de escola. Até meados de 2010 foi servindo como o portátil da família, em que toda a gente o utilizava para um pouco de tudo. Foi neste portátil que eu comecei a explorar a Internet, navegando por inúmeros blogues e fóruns. As especificações do portátil eram as seguintes:
- Intel Core Duo T2250 – 2 núcleos, 32 bit a 1.73Ghz
- 1GB RAM DDR2 a 553Mhz
- 80Gb HDD 5400RPM
- Chipset Intel 945GM com placa integrada GMA 950
Tinha poder suficiente para editar documentos e navegar na Web – e até correr alguns joguitos – até os finais dos anos 2000. Tinha Windows XP e depois foi atualizado para o Windows 7. Caiu em desuso em 2012~2013, altura em já tinha dinheiro e conhecimento para construir o meu primeiro computador de secretária.
Recentemente, decidi torná-lo num projeto de reabilitação para restaurar alguma da usabilidade que tinha há mais de 15 anos atrás. Talvez impercetível para muitos, mas a Internet é agora um monstro de recursos, com sites apetrechados de scripts e frameworks de Javascript que rapidamente comem o pouco poder de processamento que dispositivos mais antigos possam ter. O Toshiba já mal lidava com o Windows 10, quanto mais com o Chrome a correr um vídeo do Youtube a 360p.
Decidi aplicar um plano de upgrades faseado. A memória RAM e o disco eram os upgrades mais imediatos que consegui fazer. Sendo um portátil antigo, estes componentes são facilmente acedidos através de compartimentos separados por poucos parafusos Philips. Instalei 4GB de RAM (o limite do chipset) e um disco de 250GB, que só por si já ajudaram a manter o sistema minimamente utilizável com software moderno. Após alguma investigação mais profunda, incluindo descomprimir módulos da BIOS e analisando manuais de serviço, descobri que a motherboard do portátil continha um socket PGA, semelhante ao usado em computadores de secretária, que podia ser acedido para trocar o processador. Uma vista de olhos à página da Wikipedia com uma lista de todos os processadores portáteis lançados pela Intel pude verificar que o processador mais potente existente para o Socket M era o Intel Core 2 Duo T7600. Será este upgrade exequível?
Na próxima parte irei entrar em detalhe sobre este upgrade de processador, algo que muita gente considera impossível em portáteis, incluindo fotos das entranhas do Toshiba, códigos hexadecimais e muito mais!